Exclusão ou auto-exclusão?

sábado, 23 de agosto de 2014

Exclusão ou auto-exclusão?
♪ Não deixe a treta morrer! Não deixe a treta acabar! A vida é feita de treta! De treta pra gente tretar! ♫

Fala, fala, gurizada medonha! Hoje, é quase quatro da madruga de sábado, dia 23 de agosto. E eu vim aqui fazer o que eu mais amo nessa vida: tretar.

Na página aconteceu a coisa que eu mais condeno no mundo. Para quem não sabe, a página do facebook é totalmente controlada pela Dani, e lá (assim como no grupo) eu sou apenas um user normal. 
Logo, a treta aconteceu e eu apenas observei como espectador. E, pra ser honesto, não li (e não lerei) o bate-boca todo.

Li apenas o comentário com a postura que venho desmentindo, desmistificando e condenando ao longo da minha coluna. Não li todos os comentários para não ser influenciado na minha coluna com as ideias da Dani. 
E, sim, venho aqui fazer o que venho fazendo, já: explicar que nós, tímidos e solitários, não somos os errados.

Auto-exclusão

É normal que os tímidos se excluam? Claro que sim. Nós, por timidez, hesitamos mais tempo do que o devido para nos aproximarmos dos outros. 

E, sim, isso pode ser visto como um pouco de exclusão, no sentido de nos afastarmos. Mas, perceba bem: não nos afastamos de quem está perto de nós: apenas demoramos para nos aproximar de quem está distante.

Entretanto, excluir também significa “deixar de fora”, “omitir”, “privar”. Entretanto, como solitários, buscamos e ansiamos pelo convívio social. Logo, improvável (para não dizer impossível) que nos deixemos de fora, nos omitamos e nos privamos do convívio das outras pessoas.

Ah, Erik, mas se temos dificuldade para nos aproximarmos, a culpa não é nossa? Não. 
Volte duas casas e leia minha coluna sobre bullying e timidez. Como o senhor Alex Souza (detentor do condenável comentário na postagem com o Bart Simpson, na página do FB) quer que nos aproximemos das pessoas que nos humilham e ofendem? 

Como ele espera que sejamos sociáveis com que nos repulsa e oprime?

Agindo sociavelmente

Como sempre, venho contar um pouco de mim. É de conhecimento geral que tornei-me um tanto quanto extrovertido, conforme aprendi a lidar com a minha timidez

Isso permitiu que, por exemplo, eu deixasse de ser o estranho e esquisito para me tornar o estranho misterioso. O que me rendeu, inclusive, uma esposa (que venho a deliberar sobre numa coluna mais de acordo).

Mas a faculdade foi, sim, um inferno na terra. Mesmo conversando de boas com todo mundo, sendo eu sem me esconder, fiz inimizades justamente pela minha timidez.

Não é minha obrigação ser sorrisos com ninguém. Isso não é ser mal-educado. 

E sorrir para todo mundo também não representa educação. Nem mesmo é uma atitude sociável. 

Ninguém nos corredores da UNISINOS é meu dentista, para ficar vendo meus dentes. Assim, eu passei a ser considerado o mal humorado.

Sou uma pessoa séria. E nada tem a ver com a minha timidez. 

Mesmo sendo extremamente brincalhão e um tanto extrovertido, a seriedade é o que permeia minha personalidade

Junto a isto, tenho uma personalidade forte, uma ideologia moral (???) e uma filosofia de vida muito bem fundamentadas e construídas. 

Ainda que eu viva transformando minha visão do mundo em prol da minha eterna melhora como pessoa, mantenho sempre a minha postura em todas as situações. 

Não sei dizer que pau é pedra agora, e mudar isto quando for mais conveniente. Assim, passei a ser considerado brigão e polêmico.

Exclusão

Experimenta somar ambos ao fato de que o Erik não vai nas festas do curso. Nem ia para a “sala da esbórnia” que era a sala do Diretório Acadêmico quando ele entrou. 

E que ele discordava com colegas em sala de aula com argumentos muito mais pertinentes do que os primeiros (resultando na concordância dos professores ao que ele dizia).
Pronto, tornei-me o Anti-Cristo. Até mesmo pessoas que eu nunca vi mais gorda conheciam cada passo que dei dentro da universidade. 

Usaram minha vida pessoal contra a chapa a qual integrei ano passado, sendo citado meu divórcio (que nada, nunca, teve a ver com a academia). 

Destruíram minha vida acadêmica. E deixaram em mim alguns traumas, quiçá, irrecuperáveis.

Fui excluído por muita gente, ocorrência de intriguinha provinda de inveja. “Recalque”, no jargão da internet. 

Não que eu seja maior ou melhor. Mas pelo simples fato de eu ter coragem de ser apenas eu.

Mas ainda assim o errado sou eu. Devo ter sido antissocial quando escolhi meus amigos, visando àqueles com quem tinha mais afinidade. Ou quando falei em público. Ou quando me inscrevi para as Bolsas de Iniciação do curso. Ou quando conversei com pessoas fora do meu círculo de amigos, quando cursei disciplinas sem eles.
Eu devo ter me excluído esperando que tudo aconteça facilmente, já que raramente alguém é excluído por outra pessoa.

Afinal, eu deveria ter agido com mais afeto com as pessoas. Mais afeto que o mero e simplório procurar os colegas e oferecer-me, desnudo de preconceitos, para trabalhar com todos e qualquer um deles...

Para pensar:
Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?   _2 Coríntios 6, 14

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